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Filipe Luís se mostrou consciente diante dos exageros que a vida de um jogador pode apresentar (Foto: AFP) |
O lateral esquerdo Filipe Luís, do Atlético de Madrid, falou a respeito de diversos temas ao longo da entrevista concedida ao jornal El Mundo.
Contando sobre sua rotina, o brasileiro se mostrou blindado em relação
aos excessos e as tentações que, muitas vezes, a carreira futebolística
acaba provocando. Em comparação com o tipo de vida que levam muitos
jogadores, ele reconhece que está muito abaixo do nível de alienação que
a classe manifesta.
“Uns 80% dos jogadores vivem em uma bolha.
Sem dúvidas. Sobretudo os mais jovens, que passam a querer imitar seus
ídolos. Estes acreditam que se usarem uma necessaire de marca debaixo do
braço, um sapato de 400 euros e oito tatuagens já serão estrelas e, por
isso, serão respeitados. Se esquecem do mundo real. A bolha clássica em
que vive um jogador: chegar ao profissional e comprar um ‘carrão’ com o
primeiro salário”, apontou.
Filipe Luís foi questionado, então, em função de sua ida ao Chelsea logo após a conquista do Campeonato Espanhol
pelo Atlético. Na resposta, destacou os vários fatores a serem
considerados por um jogador ao se transferir, que vão muito além do
dinheiro investido. “Jogadores são profissionais como quaisquer outros, e
devem levar em conta muitas questões antes de trocar de trabalho. Eu me
equivoquei, mas tinha meus motivos: jogar em uma liga diferente, em
outro país, culturalmente diferente. Escolhi entre Bayern e Chelsea e me
transferi pelo mesmo valor que o Atlético me ofereceu para renovar. Há
jogadores que se vão somente por dinheiro, mas creio que não há nada de
errado nisto”.
Com Chelsea em pauta, por consequência, o
brasileiro não deixou de falar sobre a volta de Diego Costa ao clube
colchonero, rasgando elogios ao atacante. “Ele era justamente o que
precisávamos. Tem o sangue do Atlético. Luta, contra ataque, força.
caráter. É Atlético puro. Nunca vi um jogador fazer tanto esforço para
voltar a um clube, como ele o fez”, afirmou. “É o melhor atacante com
quem já joguei. Já vi ele fazer coisas que ninguém nunca fez. Neymar e
Hazard são descomunais, mas quem mais me deu títulos foi Diego”,
completou.
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Diego Costa voltará a vestir o uniforme colchonero a partir de janeiro (Foto: AFP) |
Por fim, Filipe Luís falou sobre o estágio avançado em que se encontra
na carreira, aos 32 anos, admitindo a pretensão de se tornar técnico
após pendurar as chuteiras. “Gostaria de jogar até os 40. Porém, quero
ser treinador. Vejo todos os jogos que posso e analiso-os, pensando no
que eu faria em tais situações. Tiago (aposentado este ano, integrando a
comissão técnica de Diego Simeone, no Atlético de Madrid) já me propôs
que eu o acompanhe quando me retirar. Não é nada mal, mas ainda não é a
hora”, finalizou.
Fonte:Gazeta Esportiva
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Atividade Esporte News
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