Brasileiro realiza acompanhamento desde 2010 e hoje é um dos pilares do Kashima Antlers
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Foto:Divulgação |
Com sonho de atuar em alto nível fora do Brasil, Leo Silva iniciou, em 2010, um trabalho de coaching com Lulinha Tavares - referência no assunto que ficou conhecido por ajudar o Fluminense e o Palmeiras escapar do rebaixamento, em 2009 e 2014, respectivamente -. A partir de então, a vida do volante decolou. Literalmente. "Iniciamos com o intuito de buscar melhora em minha performance. Desde então, se tornou uma atividade essencial para conseguir me manter em alto nível", afirmou o volante.
Mas como foi desenvolvido todo esse processo de evolução? O coach Lulinha Tavares explicou todos os métodos aplicados ao longo do trabalho e apresentou os exemplos de resultados colhidos com a prática: "Fizemos um projeto pessoal de coaching. Estabelecemos uma grande meta em longo prazo em cima de alguns pilares. Determinamos onde gostaríamos de chegar, como faríamos para chegar, quais ferramentas usaríamos e quando faríamos. Estabelecemos também: prazos para ser feito, formas, meios e as métricas para apontar que estávamos chegando a nosso objetivo", explicou.
A partir do início do trabalho, os resultados aconteceram ano a ano de acordo com o profissional: "Em 2011, o Léo Silva foi o maior ladrão de bolas do Brasileiro da Série B e isso era uma meta estabelecida por nós com o intuito de chegar ao objetivo principal que era disputar a Série A em 2012. Na temporada seguinte, aprimoramos ainda mais o planejamento. Ele tinha como plano ser o maior ladrão de bola, mas com menor número de faltas e cartões. Além disso, estabelecemos metas de gols para que ele conseguisse atrair interesse de um clube de maior expressão e continuar em processo de evolução. No fim de 2012, ele bateu todos os números estabelecidos, foi o maior ladrão de bolas da Série A e transferiu-se para o Albirex Nigata, do Japão", disse.
A ascensão meteórica requereu um cuidado especial: "No Japão, estabelecemos um novo planejamento. Apesar de estar em um clube de nível médio, o trabalho foi realizado com foco voltado para obter números iguais ou melhores que os atletas de ponta da posição dele no campeonato japonês. Portanto, pegávamos os números dos melhores e traçávamos nossas metas. E, ao longo de quatro anos trabalhando em cima disso, ele foi eleito o melhor brasileiro que passou no Albirex, concorreu como melhor da posição em todos os anos e teve números muito mais expressivos", afirmou.
Mesmo com todos os resultados, Lulinha ressalta que o protagonista do trabalho sempre foi o jogador: "Logicamente que o trabalho deu todas as ferramentas, mas o grande protagonista nisso tudo é o atleta. O coach tem o papel de apoiar o outro para chegar onde quer. Apenas fornecemos ferramentas para que haja um processo de reflexão, planejamento e ação. Coaching não é aconselhamento, mentoria ou coisa do tipo. Trabalhamos em cima de desafio para chegarmos aos objetivos traçados. Servimos como um apoio para que o atleta possa ser realizado e feliz", ressaltou.
"Hoje o Léo Silva é uma referência como atleta no futebol japonês. É muito dedicado, busca realizar as tarefas com excelência e a característica que acho mais importante: é um atleta ambientado. Trabalhamos muito para que ele pudesse se aculturar e ser agradável ao país. Criar uma identificação para diminuir as distâncias que há entre as culturas. Isso fez com que ele se desenvolvesse como atleta e como pessoa", completou.
Talvez, o trabalho desenvolvido fez com que Leo Silva mudasse os planos no meio do caminho. Inicialmente com ideia de jogar na Europa, o volante agora pensa em fazer ainda mais história no país do sol nascente: “Inicialmente, tinha ideia de ir para Europa, mas com o passar dos anos pude conhecer mais a cultura japonesa, e daqui para frente, vou procurar não me acomodar e continuar trabalhando diariamente para fazer história aqui no Japão”, contou.
O trabalho é realizado uma vez por semana, em sua maioria por videoconferência ou através de ligações telefônicas. Porém, pelo terceiro ano seguido, o volante investiu em passagens aéreas e hospedagens para levar o coach para o Japão para aprimorar as técnicas.
Na última semana, Lulinha esteve com Leo Silva em Narita, no Japão. E o volante destacou a importância do coaching para conseguir atingir todas as metas traçadas desde o início do trabalho: "É um trabalho muito importante que me ajudou alcançar um alto nível de desempenho. Me ajudou compreender que para alcançar a excelência é necessário fazer mais do que estamos acostumados. É exatamente em cima disso que o trabalho é realizado. Ele me forneceu ferramentas para criar mecanismos para melhorar minha performance dentro de campo", afirmou.
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