Liga Mundial de Surfe (WSL) decide distribuir pontos de acordo com a posição dos surfistas após considerar cenário 'incomum e preocupante' na Austrália. Atletas apoiam a medida
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| (Foto: WSL / Kelly Cestari)) |
A competição tinha prazo até domingo para ser finalizada, mas, segundo aLiga Mundial de Surfe (WSL), todos os surfistas concordaram com a decisão. Os brasileiros Gabriel Medina e Italo Ferreira já haviam se manifestado contra a realização do campeonato no local, após os últimos ataques.
– A segurança é nossa maior prioridade e essa é a decisão certa a ser tomada, devido a todas as circunstâncias. Analisamos a situação de perto, falamos com os atletas, a Water Safety, as autoridades locais, analisamos o máximo de informações possível. Margaret River é um lugar fantástico do mundo, mas a presença de tubarões ativamente agressivos e baleias encalhadas neste período, nos convenceram de que este era o caminho correto a seguir – disse o comissário da WSL, Kieren Perrow.
No masculino, os 24 surfistas que disputariam a terceira fase terminaram em 13º lugar e somaram 1.665 pontos no ranking. Na disputa feminina, as oito classificadas para as quartas de final ficaram empatadas em quinto lugar, com 4.745 pontos.
“A WSL coloca a segurança em primeiro lugar. O surfe é um esporte com várias formas de risco, o único praticado no qual os animais selvagens habitam nosso local de desempenho. Os tubarões são uma realidade ocasional das competições da WSL e do surfe em geral. Todos no nosso esporte sabem disso. Houve incidentes no passado, é possível que haja no futuro, que não chegaram ao cancelamento de um evento do CT. No entanto, as circunstâncias atuais são muito incomuns e preocupantes, então decidimos que o alto risco durante o Margaret River Pro esse ano ultrapassou o limite do aceitável”, afirmou a CEO da WSL, Sophie Goldschmidt, em comunicado aos atletas.
Os ataques aconteceram na cidade vizinha Gracetown, a aproximadamente seis km de distância de Main Break, palco principal da etapa. A WSL informou que acionou todos os seus protocolos de segurança e promoveu reuniões com todos os responsáveis e envolvidos nas últimas 48 horas, antes de tomar a decisão de cancelar o evento. Os organizadores não descartam a possibilidade de completar o campeonato em outro lugar durante esta temporada ainda.
– Os tubarões são algo com que vamos sempre ter que lidar toda vez que surfamos e nós aceitamos esse risco. Devido às carcaças de baleias mortas, vários ataques foram registrados e estão aumentando, então eu apoio totalmente a decisão da WSL de colocar a segurança dos surfistas em primeiro lugar. Essa região ocidental da Austrália é um dos meus lugares favoritos e parte desse fascínio é a beleza selvagem e a sensação de estar perto da Natureza. Agradecemos o carinho da comunidade local e esperamos voltar em breve – disse o australiano Adrian Buchan, representante dos surfistas.
Com o cancelamento, a disputa pela liderança na corrida pelos títulos mundiais ficou para a etapa brasileira, o Oi Rio Pro, entre os dias 11 e 20 de maio, em Saquarema (RJ).
Fonte:Lance







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