O Brasil venceu a Alemanha em amistoso realizado nesta tarde. Aos 38′ do primeiro tempo, Gabriel Jesus recebe bom passe enfiado perto do meio campo, avança na direção do gol, trava a jogada na frente de dois zagueiros e chuta por cima. Trapp tenta espalmar mas a bola entra.
O encontro é o primeiro entre os times principais de Brasil e Alemanha desde o trauma dos 7 a 1, em 2014. Nos últimos quatro anos, o placar virou sinônimo dos problemas no País ao ganhar conotação social e apagar as fronteiras entre o esporte e a política.
A missão coube ao técnico Tite, que não esteve envolvido na tragédia de 2014 – o técnico na Copa foi Felipão – e assumiu a equipe dois anos depois. “A partida é o principal teste emocional e psicológico já vivido por seu grupo. Temos de admitir e dizer as coisas como são”, afirmou. Para completar, o jogo tem outro elemento dramático: assim como em 2014, Neymar está machucado.
O jogo
Fernandinho, um dos mais criticados por sua atuação na maior derrota do futebol nacional, estava com os olhos marejados durante a execução do Hino Nacional, assim como muitos outros. Thiago Silva, contestado pelo choro na campanha de 2014, não tinha vergonha de cantar aos berros, com os olhos fechados, extravasando o que sentia.
Desta vez, quando a bola rolou, o Brasil soube controlar as suas emoções. Tite adotou uma postura tática cautelosa, bem diferente daquela escolhida por Felipão quatro anos atrás, e orientou que a Alemanha fosse marcada desde o campo defensivo. Preservando titulares, os anfitriões ficavam mais com a bola, porém não a ponto de incomodar o goleiro Alisson.
Com o passar do tempo, a Alemanha resolveu apostar em uma série de levantamentos na área, da esquerda e da direita. A maioria deles buscava Mario Gómez, centroavante que ficava constantemente em posição de impedimento e quase sempre finalizava para fora.
Embora eficiente na defesa, o Brasil não tinha vazão de jogo. A estratégia de não atuar com um armador de origem centralizado deixou o time de Tite menos criativo, com dificuldades até de transpor a linha do meio-campo em determinados momentos, e dependente de jogadas individuais e contra-ataques.
Aos 36 minutos, a Seleção Brasileira teve a chance que tanto aguardava. Em posição duvidosa, Gabriel Jesus foi acionado por Willian no meio de dois marcadores e partiu em velocidade. Ao chegar à área, o centroavante limpou bem a jogada, deixando Boateng no chão, mas concluiu mal. A bola subiu demais.
Gabriel Jesus se redimiu já no lance seguinte. Aos 37, após um desarme de Fernandinho, Willian tabelou com Daniel Alves e fez o cruzamento da direita, para o jogador do Manchester City cabecear da entrada da pequena área. O goleiro Trapp chegou a defender parcialmente, mas não evitou que a bola entrasse.
No segundo tempo, a Alemanha tentou manter a mesma estratégia que a fez ser mais presente no ataque no primeiro. Agora, no entanto, estava em desvantagem no placar, o que a obrigava a ser mais incisiva. Do outro lado, tranquilo, o Brasil enfim se soltou e mostrou-se eficiente ofensivamente. Willian, Paulinho e Philippe Coutinho tiveram boas oportunidades para chutar a gol quase em sequência.
O técnico Joachim Low resolveu entrar em ação. Também fazendo testes para o Mundial, ele trocou Goretzka, Sané e Mario Gómez por Brandt, Stindll e Sandro Wagner. Depois, Sule substituiu Boateng, que havia se machucado em uma disputa de bola com Gabriel Jesus.
Com o jogo equilibrado, Tite também mexeu no Brasil, aos 28 minutos, mas não abriu mão do seu esquema tático com três volantes. Douglas Costa foi a campo na vaga de Philippe Coutinho com a missão de dar velocidade à equipe pela esquerda. Em algumas ocasiões, ele era tão rápido, contudo, que nem os seus companheiros conseguiam acompanhá-lo.
Nos minutos finais, a Alemanha se lançou ao ataque, na expectativa de evitar o tropeço dentro de casa. Com Tite frenético à beira do gramado e a sua única substituição no amistoso, o Brasil conseguiu conter as investidas dos donos da casa e não sofrer nem um gol sequer do país que lhe aplicou sete na última Copa do Mundo. Fantasma exorcizado.
FICHA TÉCNICA
ALEMANHA 0 X 1 BRASIL
Local: Estádio Olímpico, em Berlim (Alemanha)
Data: 27 de março de 2018, terça-feira
Horário: 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Jonas Eriksson (Suécia)
Assistentes: Mathias Klasenius e Daniel Warnmark (ambos da Súecia)
Público: 72.717 pessoas
Cartões amarelos: não houve
Gol: BRASIL: Gabriel Jesus, aos 37 minutos do primeiro tempo
ALEMANHA: Trapp; Kimmich, Boateng (Sule), Rudiger e Plattenhardt; Kroos, Gundogan (Gundogan), Draxler, Goretzka (Brandt) e Sané (Stindll); Mario Gómez (Sandro Wagner)
Técnico: Joachim Low
BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho, Fernandinho, Willian e Philippe Coutinho (Douglas Costa); Gabriel Jesus
Técnico: Tite
O encontro é o primeiro entre os times principais de Brasil e Alemanha desde o trauma dos 7 a 1, em 2014. Nos últimos quatro anos, o placar virou sinônimo dos problemas no País ao ganhar conotação social e apagar as fronteiras entre o esporte e a política.
A missão coube ao técnico Tite, que não esteve envolvido na tragédia de 2014 – o técnico na Copa foi Felipão – e assumiu a equipe dois anos depois. “A partida é o principal teste emocional e psicológico já vivido por seu grupo. Temos de admitir e dizer as coisas como são”, afirmou. Para completar, o jogo tem outro elemento dramático: assim como em 2014, Neymar está machucado.
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| Créditos: Pedro Martins / MoWA Press |
O jogo
Fernandinho, um dos mais criticados por sua atuação na maior derrota do futebol nacional, estava com os olhos marejados durante a execução do Hino Nacional, assim como muitos outros. Thiago Silva, contestado pelo choro na campanha de 2014, não tinha vergonha de cantar aos berros, com os olhos fechados, extravasando o que sentia.
Desta vez, quando a bola rolou, o Brasil soube controlar as suas emoções. Tite adotou uma postura tática cautelosa, bem diferente daquela escolhida por Felipão quatro anos atrás, e orientou que a Alemanha fosse marcada desde o campo defensivo. Preservando titulares, os anfitriões ficavam mais com a bola, porém não a ponto de incomodar o goleiro Alisson.
Com o passar do tempo, a Alemanha resolveu apostar em uma série de levantamentos na área, da esquerda e da direita. A maioria deles buscava Mario Gómez, centroavante que ficava constantemente em posição de impedimento e quase sempre finalizava para fora.
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| Créditos: Pedro Martins / MoWA Press |
Embora eficiente na defesa, o Brasil não tinha vazão de jogo. A estratégia de não atuar com um armador de origem centralizado deixou o time de Tite menos criativo, com dificuldades até de transpor a linha do meio-campo em determinados momentos, e dependente de jogadas individuais e contra-ataques.
Aos 36 minutos, a Seleção Brasileira teve a chance que tanto aguardava. Em posição duvidosa, Gabriel Jesus foi acionado por Willian no meio de dois marcadores e partiu em velocidade. Ao chegar à área, o centroavante limpou bem a jogada, deixando Boateng no chão, mas concluiu mal. A bola subiu demais.
Gabriel Jesus se redimiu já no lance seguinte. Aos 37, após um desarme de Fernandinho, Willian tabelou com Daniel Alves e fez o cruzamento da direita, para o jogador do Manchester City cabecear da entrada da pequena área. O goleiro Trapp chegou a defender parcialmente, mas não evitou que a bola entrasse.
No segundo tempo, a Alemanha tentou manter a mesma estratégia que a fez ser mais presente no ataque no primeiro. Agora, no entanto, estava em desvantagem no placar, o que a obrigava a ser mais incisiva. Do outro lado, tranquilo, o Brasil enfim se soltou e mostrou-se eficiente ofensivamente. Willian, Paulinho e Philippe Coutinho tiveram boas oportunidades para chutar a gol quase em sequência.
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| Créditos: Pedro Martins / MoWA Press |
O técnico Joachim Low resolveu entrar em ação. Também fazendo testes para o Mundial, ele trocou Goretzka, Sané e Mario Gómez por Brandt, Stindll e Sandro Wagner. Depois, Sule substituiu Boateng, que havia se machucado em uma disputa de bola com Gabriel Jesus.
Com o jogo equilibrado, Tite também mexeu no Brasil, aos 28 minutos, mas não abriu mão do seu esquema tático com três volantes. Douglas Costa foi a campo na vaga de Philippe Coutinho com a missão de dar velocidade à equipe pela esquerda. Em algumas ocasiões, ele era tão rápido, contudo, que nem os seus companheiros conseguiam acompanhá-lo.
Nos minutos finais, a Alemanha se lançou ao ataque, na expectativa de evitar o tropeço dentro de casa. Com Tite frenético à beira do gramado e a sua única substituição no amistoso, o Brasil conseguiu conter as investidas dos donos da casa e não sofrer nem um gol sequer do país que lhe aplicou sete na última Copa do Mundo. Fantasma exorcizado.
FICHA TÉCNICA
ALEMANHA 0 X 1 BRASIL
Local: Estádio Olímpico, em Berlim (Alemanha)
Data: 27 de março de 2018, terça-feira
Horário: 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Jonas Eriksson (Suécia)
Assistentes: Mathias Klasenius e Daniel Warnmark (ambos da Súecia)
Público: 72.717 pessoas
Cartões amarelos: não houve
Gol: BRASIL: Gabriel Jesus, aos 37 minutos do primeiro tempo
ALEMANHA: Trapp; Kimmich, Boateng (Sule), Rudiger e Plattenhardt; Kroos, Gundogan (Gundogan), Draxler, Goretzka (Brandt) e Sané (Stindll); Mario Gómez (Sandro Wagner)
Técnico: Joachim Low
BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho, Fernandinho, Willian e Philippe Coutinho (Douglas Costa); Gabriel Jesus
Técnico: Tite










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