Demitido do Bahia há pouco mais de um mês, Edson Fabiano abriu o jogo em entrevista exclusiva ao programa Arena Transamérica, na noite desta segunda-feira (26). Ex-técnico dos times infantil e juvenil, o profissional fez graves denúncias.
Ao comentar sua demissão, o treinador citou desorganização na Divisão de
Base do Tricolor. "Me demitiram sem dizer os motivos, não me falaram
nada. Mas, acredito que há algum tempo já vinham plantando coisas
inverídicas, inverdades. Existia uma inveja por parte do Paulo Ricardo
(Ex-gestor da Base, demitido em fevereiro). Ele fez coisas absurdas.
Quando disputei a Copa São Paulo com o time Sub-17 e fomos quinto
colocados, ele ficava de cara feia quando ganhávamos e sorria quando
perdíamos. Estava no meu quarto, quando ganhei um jogo e passei para as
oitavas de final, e ele entrou no quarto de roupa de dormir para
contestar minhas alterações na equipe. Tenho muito tempo no futebol
baiano. Sou querido por todos, me dou bem com todos. Passei oito anos no
Bahia, ajudamos a revelar jogadores. Quando cheguei, o clube só tinha
dois títulos no infantil, nesses oito anos ganhamos cinco. No juvenil
também só tinha dois títulos, nós ganhamos quatro. São marcas e são
números. Porque a nossa demissão?", questionou.
Fabiano também criticou a chegada de profissionais do Sul e Sudeste do
país para comandar a base do Esquadrão, como o novo técnico do time
Sub-15, Marcelo Lima. "Esse Marcelo Lima veio de São Paulo, mas seu
último clube foi o Atlético-PR, onde ele era fisiologista. E no São
Paulo ele não era coordenador, era supervisor. Soube que lá ele também
destituiu duas categorias. Acho que ele veio por indicação do Diego
Cerri, trabalharam juntos. Não precisamos disso. Aqui na Bahia somos
referência em Divisão de Base, tanto que o João Paulo (ex-Vitória) hoje é
um dos melhores gestores do país, está no Palmeiras. Temos um
aprendizado com um dos melhores, que foi Newton Mota. A metodologia que
esse pessoas de fora está trazendo para a Bahia não é das melhores. O
Bahia hoje não faz mais testes (peneiras) em Salvador".
O ponto mais preocupante da entrevista foi quando o técnico revelou a
entrada de drogas no Fazendão, através de atletas da base. Edson Fabiano
destacou que tinha um trabalho para recuperar esses garotos, mas foi
impedido de dar sequência.
"Temos o exemplo do Yuri Freitas, que foi nosso jogador e saiu por
problemas. Depois, o atleta bateu na porta do clube, pediu uma chance
para retornar, mas não deixaram. O jogador tempo depois foi morto a
tiros. Isso não pode acontecer. Nós também temos o papel de recuperar
esses garotos. Isso faz parte da minha forma de trabalhar", encerrou.
Fonte:Galáticos Online







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